Rabanada, fatia dourada, fatia parida ou fatia de ovo. Chama-lhe o que quiseres, o que interessa é comê-las. Este doce feito de pão existe há seis séculos, porque será? Uhmmm, nós "comemos" porquê!

As rabanadas fazem parte da gastronomia portuguesa faz tempo. Com uma forte presença na consoada de Natal, este doce, como vários outros, carregam uma história, uma lenda. Na verdade os doces são sempre propícios a várias origens. 

A lenda em torno das rabanadas que mais ouvimos falar passa-se numa época em que a fome cobria o país. A história retrata uma pobre mãe com um recém nascido que nada tinha para comer. Desesperada, a mulher, apela pela ajuda dos vizinhos que lhe oferecem pão duro, leite, açúcar e um ovo. O resultado destes ingredientes juntos já todos conhecemos, o mais interessante da história é que esta, que seria a sua única refeição, lhe fez subir o leite ao peito sem parar. Daí a ciência popular sugerir às mulheres que dão à luz que comam rabanadas para ganhar forças. Podemos agora entender nomes como fatia-parida.

Receita carinhosamente partilhada pela Susana.

INGREDIENTES

1 pão de forma caseiro (com 2 dias)

Leite q.b.

4 ovos

Açúcar q.b.

PREPARAÇÃO

| Aquecer o leite até ficar morno;

| Molhar as fatias já cortadas em leite e deixar escorrer um pouco;

| Bater os ovos com sal (como ovos mexidos) e passar o pão no ovo;

| Fritar em óleo quente - colocar uma rolha de cortiça no óleo para não ganhar espuma;

| Deixar escorrer em papel absorvente (tipo cartão);