



As gerações de Variações
11 de fevereiro de 2021
“É pra amanhã, Bem podias fazer hoje, Porque amanhã sei que voltas a adiar”.. Nós não queremos adiar e hoje vamos falar num dos míticos cantores de Portugal: António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido por todos como António Variações. Nasceu a 3 de dezembro de 1944 em Amares, era filho de camponeses, tendo passado a sua infância entre os estudos e o campo para ajudar os pais. Foi o seu pai, que tocava cavaquinho e acordeão, a inspiração para que António Variações revelasse a sua paixão pela música.
Partiu cedo para Lisboa, onde trabalhou como distribuidor, mais tarde como escriturário, mas dentro dele ia crescendo o “bichinho” da música, sendo o fado o seu estilo musical mais apreciado. Cumpriu o serviço militar indo para Angola e teve as suas aventuras por Londres e Amesterdão, onde teve a oportunidade de descobrir novos horizontes. Foi em Amesterdão que aprendeu a profissão de barbeiro, profissão esta que exerceu quando voltou para Lisboa, em 1977, onde abriu o primeiro cabeleireiro unissexo.
No entanto, a musica sempre o acompanhou. Juntou-se ao grupo Variações, iniciando assim a sua carreira musical. Variações foi o nome que acabou por adotar para si. Em 1978 tomou a iniciativa de enviar uma maquete sua para a Valentim de Carvalho, porém só em 1982 edita o seu primeiro single, contendo temas como “Estou além” e “Povo que lavas no rio”. Já no campo televisivo, estreou-se no programa de Júlio Isidro, “Passeio dos Alegres”, sob o nome António e Variações com a célebre música “Toma o Comprimido”. Depressa começou a ser conhecido pelo seu estilo próprio e excêntrico.
Em 1983, sai um álbum dedicado a Amália Rodrigues, chamado “Anjo da Guarda”, onde se destacam temas como “É p’ra amanhã”, “Voz-Amália-De-Nós” e “O corpo é que paga”. Lança em 1984 o seu segundo e último trabalho “Dar e Receber”. Faz parte deste álbum a eterna música “Canção do Engate” e “Deolinda de Jesus”, dedicada à sua mãe. Faleceu em junho desse mesmo ano com uma doença prolongada, mas o seu legado eternizou-se.
António Variações disse que «Variações é uma palavra que sugere elasticidade, liberdade. E é exatamente isso que eu sou e que faço no campo da música. Aquilo que canto é heterogéneo. Não quero enveredar por um estilo. Não sou limitado. Tenho a preocupação de fazer coisas de vários estilos». Músico que marcou várias gerações e que ainda nos acompanha nos dias de hoje.
Várias foram as homenagens que foram feitas a Variações ao longo destes anos. Alguns desses exemplos foi a edição em 1994 pela editora Valentim de Carvalho do álbum “Variações – As canções de António”, onde vários artistas prestaram a sua homenagem interpretando as suas músicas. Na sua terra natal, foi colocado um busto, representando a importância que o artista teve e ainda tem. Em 2004, a banda Humanos gravou 12 músicas dele, administrados pelo seu irmão, Jaime Ribeiro. Em 2014, o Palco Mundo do Rock in Rio homenageou o artista, recordando os 30 anos de morte de Variações que marcou a história da música portuguesa. Já em 2019 estreou o filme “Variações”, de João Maia, que retrata os últimos anos de Variações. Um filme onde podemos ver a simplicidade, a luta do músico para alcançar os sonhos e o seu lado mais emocional e pessoal, desconhecido por muitos. Em 2020 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou António Variações a título póstumo, com grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
O lançamento do livro “António Variações” foi uma homenagem especial, onde foram reunidas quase 150 fotografias do artista. Teresa Couto Pinto, agente, fotógrafa e amiga de António Variações, decidiu partilhar com o Mundo, através deste livro, algumas fotografias inéditas de alguém que a marcou e que nos marcou. Um livro que veio reafirmar o legado do artista.
Estas e outras homenagens vêm comprovar o quão genuíno e visionário foi António Variações. Um artista cheio de arte, carisma e excentricidade que conseguiu ultrapassar barreiras, através das suas músicas que perduram até aos dias de hoje.
Não conseguimos dominar este estado de ansiedade, a pressa de chegar, p’ra não chegar tarde. Não é para amanhã... É hoje que queremos homenagear o músico que nos inspira. Pela interpretação do músico João, recorda aqui uma das músicas mais marcantes de Variações.
Obrigada João Gonçalves por nos inspirares coma tua versão da música.
Pelas Tradições,
a equipa das inspirações
As gerações de Variações
11 de fevereiro de 2021




“É pra amanhã, Bem podias fazer hoje, Porque amanhã sei que voltas a adiar”.. Nós não queremos adiar e hoje vamos falar num dos míticos cantores de Portugal: António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido por todos como António Variações. Nasceu a 3 de dezembro de 1944 em Amares, era filho de camponeses, tendo passado a sua infância entre os estudos e o campo para ajudar os pais. Foi o seu pai, que tocava cavaquinho e acordeão, a inspiração para que António Variações revelasse a sua paixão pela música.
Partiu cedo para Lisboa, onde trabalhou como distribuidor, mais tarde como escriturário, mas dentro dele ia crescendo o “bichinho” da música, sendo o fado o seu estilo musical mais apreciado. Cumpriu o serviço militar indo para Angola e teve as suas aventuras por Londres e Amesterdão, onde teve a oportunidade de descobrir novos horizontes. Foi em Amesterdão que aprendeu a profissão de barbeiro, profissão esta que exerceu quando voltou para Lisboa, em 1977, onde abriu o primeiro cabeleireiro unissexo.
No entanto, a musica sempre o acompanhou. Juntou-se ao grupo Variações, iniciando assim a sua carreira musical. Variações foi o nome que acabou por adotar para si. Em 1978 tomou a iniciativa de enviar uma maquete sua para a Valentim de Carvalho, porém só em 1982 edita o seu primeiro single, contendo temas como “Estou além” e “Povo que lavas no rio”. Já no campo televisivo, estreou-se no programa de Júlio Isidro, “Passeio dos Alegres”, sob o nome António e Variações com a célebre música “Toma o Comprimido”. Depressa começou a ser conhecido pelo seu estilo próprio e excêntrico.
Em 1983, sai um álbum dedicado a Amália Rodrigues, chamado “Anjo da Guarda”, onde se destacam temas como “É p’ra amanhã”, “Voz-Amália-De-Nós” e “O corpo é que paga”. Lança em 1984 o seu segundo e último trabalho “Dar e Receber”. Faz parte deste álbum a eterna música “Canção do Engate” e “Deolinda de Jesus”, dedicada à sua mãe. Faleceu em junho desse mesmo ano com uma doença prolongada, mas o seu legado eternizou-se.
António Variações disse que «Variações é uma palavra que sugere elasticidade, liberdade. E é exatamente isso que eu sou e que faço no campo da música. Aquilo que canto é heterogéneo. Não quero enveredar por um estilo. Não sou limitado. Tenho a preocupação de fazer coisas de vários estilos». Músico que marcou várias gerações e que ainda nos acompanha nos dias de hoje.
Várias foram as homenagens que foram feitas a Variações ao longo destes anos. Alguns desses exemplos foi a edição em 1994 pela editora Valentim de Carvalho do álbum “Variações – As canções de António”, onde vários artistas prestaram a sua homenagem interpretando as suas músicas. Na sua terra natal, foi colocado um busto, representando a importância que o artista teve e ainda tem. Em 2004, a banda Humanos gravou 12 músicas dele, administrados pelo seu irmão, Jaime Ribeiro. Em 2014, o Palco Mundo do Rock in Rio homenageou o artista, recordando os 30 anos de morte de Variações que marcou a história da música portuguesa. Já em 2019 estreou o filme “Variações”, de João Maia, que retrata os últimos anos de Variações. Um filme onde podemos ver a simplicidade, a luta do músico para alcançar os sonhos e o seu lado mais emocional e pessoal, desconhecido por muitos. Em 2020 o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou António Variações a título póstumo, com grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
O lançamento do livro “António Variações” foi uma homenagem especial, onde foram reunidas quase 150 fotografias do artista. Teresa Couto Pinto, agente, fotógrafa e amiga de António Variações, decidiu partilhar com o Mundo, através deste livro, algumas fotografias inéditas de alguém que a marcou e que nos marcou. Um livro que veio reafirmar o legado do artista.
Estas e outras homenagens vêm comprovar o quão genuíno e visionário foi António Variações. Um artista cheio de arte, carisma e excentricidade que conseguiu ultrapassar barreiras, através das suas músicas que perduram até aos dias de hoje.
Não conseguimos dominar este estado de ansiedade, a pressa de chegar, p’ra não chegar tarde. Não é para amanhã... É hoje que queremos homenagear o músico que nos inspira. Pela interpretação do músico João, recorda aqui uma das músicas mais marcantes de Variações.
Obrigada João Gonçalves por nos inspirares coma tua versão da música.
Pelas Tradições,
a equipa das inspirações